sábado, 28 de junho de 2008

Imprensa é barrada no Colégio Estadual do Paraná

Gazeta do Povo ( edição on line)

Vida e Cidadania Sábado, 28/06/2008
Curitiba

Alunos do Colégio Estadual do Paraná pedem eleições diretas para diretor da instiuição

Alunos do Colégio Estadual do Paraná (CEP) promoveram uma assembléia entre os estudantes da instituição na tarde desta sexta-feira (27), em Curitiba, para pedir por eleições diretas à direção do colégio. Além disso, criticaram a falta de democracia entre professores e estudantes e contestaram a administração da atual diretora, professora Maria Madselva Ferreira Feiges.

De acordo com o Grêmio Estudantil do Colégio Estadual do Paraná (Gecep), mil alunos se encontraram no pátio da instituição, durante o intervalo, e reivindicaram pela liberdade de expressão deles, pois temem ser perseguidos pela direção do colégio. O Gecep também afirma que o sistema de avaliação dos professores, que é imposto pela direção, é falho e prejudica o aprendizadoO Gecep também reclama que foi impedido de falar sobre a eleição da direção do colégio com os alunos em sala de aula, além do fechamento da rádio do colégio, produzida pelos próprios estudantes.

O diretor auxiliar do CEP, professor João Carlos Gomes de Almeida, conta que sempre houve liberdade na instituição. “Não há nenhum problema em conversar com os estudantes aqui no Estadual”, afirma Almeida. Sobre a atuação dos professores e no ensino, Almeida fala que o corpo docente tem total liberdade e que não há nenhum obstáculo à educação.

O diretor também afirma que "os jovens querem um imediatismo em tudo e que não sabem esperar pela solução das coisas. Sobre a rádio, Almeida conta que o local da rádio se tornou um depósito e que a direção fará uma reforma para readequar o espaço.

Uma equipe da reportagem fotográfica do jornal Gazeta do Povo foi impedida de entrar na instituição.

Reivindicações

Os protestos e pedidos dos alunos do CEP acontecem desde o ano passado. Em 2007, uma manifestação dos estudantes, que reivindicava a possibilidade de votar na escolha de um novo diretor, acabou com dois estudantes da instituição presos pela polícia militar.

O motivo da reivindicação seria que o CEP é a única escola pública do estado onde pais, alunos, professores e funcionários não têm o direito de, através do voto, escolher o diretor. O diretor no CEP é indicado diretamente pelo governador do estado.





Edição impressa

Publicado em 28/06/2008 | Aldrin Cordeiro, da Gazeta do Povo

Alunos do Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba, promoveram uma assembléia ontem à tarde para pedir eleições diretas para a escolha da direção do estabelecimento. Eles também denunciaram a falta de democracia na relação entre professores e estudantes e contestaram a administração da atual diretora do colégio, professora Maria Madselva Ferreira Feiges.

Segundo o Grêmio Estudantil do Colégio Estadual, mil alunos se encontraram no pátio da instituição, durante o intervalo das aulas, e reivindicaram o direito à liberdade de expressão, pois temem ser perseguidos pela direção. O grêmio também afirma que o sistema de avaliação dos professores, que é imposto pela direção, é falho e prejudica o aprendizado. Segundo integrantes do grêmio, a diretoria os impediu de falar sobre a eleição com os alunos em sala de aula e fechou a rádio do colégio, produzida pelos próprios estudantes.

O diretor auxiliar do Colégio Estadual, João Carlos Gomes de Almeida, negou que os alunos sejam impedidos de se manifestar. Segundo ele, o local em que funcionava a rádio dos estudantes foi transformado em um depósito e a direção fará uma reforma para readequar o espaço. Uma equipe da reportagem fotográfica da Gazeta do Povo foi impedida de entrar ontem na instituição.

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