quinta-feira, 10 de julho de 2008

Professores do Colégio Estadual do Paraná, processados pelo Sr. Maurício Requião, leiam principalmente o último parágrafo da reportagem.

Paraná Online
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Assembléia se curva e unge Maurício ao Tribunal de Contas


Elizabete Castro [10/07/2008]



O secretário estadual da Educação, Maurício Requião, foi indicado para ocupar o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas, na vaga deixada por Henrique Naigeboren. Na sessão especial realizada ontem à tarde, dia 9, na Assembléia Legislativa, dos 54 deputados, 43 votaram em Maurício, nove se abstiveram e um faltou. O presidente da Assembléia Legislativa, Nelson Justus (DEM), não participou do processo. Ele somente votaria em caso de empate. Os outros quatro candidatos - Gabriel Guy Leger, Jorge Antônio de Souza, Ricardo Bertotti e Rogério Iurk Ribeiro - não foram votados.

O resultado da eleição não surpreendeu aos governistas e nem a oposição, que se dispersou na votação. O líder do bloco, Valdir Rossoni (PSDB), ao justificar que a oposição iria se abster da votação em protesto à forma de condução do processo eleitoral, admitiu que o grupo estava bastante reduzido naquele momento, poucos minutos antes do início da eleição. “A oposição hoje cabe num fusca ou numa Brasília amarela”, afirmou Rossoni, já sabendo que, no PSDB, apenas ele e Ademar Traiano iriam se abster. Os outros três deputados do partido votaram em Maurício, junto com tradicionais integrantes do bloco, como os deputados do PDT, do qual apenas Luiz Carlos Martins se absteve.

“Fizemos o que foi possível, mas por azar chegamos a este momento”, disse Rossoni, que tentou interromper o processo por meio de uma ação popular, que não foi aceita pela Justiça. O mesmo destino teve uma segunda ação impetrada por um dos candidatos, Rogério Iurk Ribeiro, que pretendia suspender a eleição alegando que a escolha do conselheiro deveria ser por voto secreto. O desembargador Jorge de Oliveira Vargas concedeu liminar anteontem à noite, mas no início da tarde, a sentença foi reformada pelo desembargador Paulo Roberto Hapner, que concluiu que os deputados têm autonomia para decidir como votar e que não havia justificativa para que a votação fosse secreta.

Rossoni, Elio Rusch (DEM) e Marcelo Rangel (PPS) repetiram os argumentos contrários à eleição de Maurício. O principal deles é o fato de Maurício ser irmão do governador Roberto Requião. Os deputados citaram a Lei Orgânica do Tribunal de Contas, em que se impede a participação de conselheiros em julgamento de contas de cidades e municípios onde tenham parentes exercendo cargos eletivos e que obtiveram mais de 1% dos votos. “A lei vale ou não vale? O Requião não obteve menos de 1% dos votos em nenhuma cidade do Paraná”, disse Rossoni.

O líder da bancada do PMDB, Waldyr Pugliesi, disse que os aliados formaram em consenso em torno de Maurício e que não há impedimento legal à sua posse como conselheiro do Tribunal de Contas. “O Maurício engrandeceu o governo como secretário da Educação e será um competente cumpridor das suas obrigações no Tribunal”, defendeu Pugliesi.





“Nunca houve uma indicação tão polêmica”


O secretário da Educação, Maurício Requião, quebrou a tradição e não foi ao plenário acompanhar a sua escolha para o Tribunal de Contas. Maurício permaneceu na sala do 1.º secretário, Alexandre Curi (PMDB), onde após a eleição recebeu os cumprimentos de aliados e de integrantes da oposição. Ele informou que já foi consultado pela direção do Tribunal de Contas e se as formalidades forem cumpridas no prazo, poderá tomar posse já na próxima quarta-feira, dia 16.


Contrariado com a polêmica criada em torno de sua indicação por conta de seu parentesco com o governador Roberto Requião (PMDB), Maurício disse que este é um argumento pobre. Lembrou que quando Henrique Naigeboren foi indicado, foram poucos os que questionaram sua condição de cunhado do ex-governador Jaime Lerner. “Agora, os mesmos que elegeram o conselheiro Henrique estão com o discurso de que é imoral. Mas não conseguiram apontar nada em relação ao meu trabalho e à minha competência”, reagiu o secretário.


Para Maurício, o que mais incomoda os adversários não é o sobrenome Requião, mas o receio de que possa usar o poder de conselheiro em benefício ou em prejuízo de alguns grupos. “Nunca houve uma indicação tão polêmica. Há um temor muito grande em relação ao uso do poder. Aqueles que estão imaginando que vou perseguir ou favorecer alguém, não precisam temer coisa alguma. Serei duro e rigoroso com o uso dos recursos públicos. Usar o poder para prejudicar ou favorecer alguém é imoral. E eu tenho nojo disso”, afirmou o secretário.

Um comentário:

orquidea disse...

E agora sindicato? Vamos negociar com quem???
Por isso que o irmão do rei nos enrolou e só prometeu, agora teremos que cobrar de quem não nos prometeu nada?????

Como faremos para cobrar de quem nada prometeu??? Vamos cobrar da Arco Verde???
Vamos cobrar e vão dizer: "Mas quem prometeu a vocês foi o Maurício"!!!!!!!!!

E agora, como fica???????