terça-feira, 8 de julho de 2008

Enquanto isso II ...

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Fábio Campana fabiocampana@oestadodoparana.com.br

O preço é alto
Fábio Campana [08/07/2008]



Hoje é o dia da sabatina dos candidatos à vaga de conselheiro do Tribunal de Contas na Assembléia. Na verdade, mais uma formalidade da crônica de uma nomeação anunciada, a do irmão do governador Requião, Maurício, que fez às vezes de secretário da Educação nos últimos anos. Que preço o governador Roberto Requião está disposto a pagar? Ninguém duvida, nem mesmo os agregados do clã. Requião vai passar para a história como o governador que resolveu os problemas da família antes de resolver os do Paraná. Triste imagem para quem já foi esperança de renovação nos costumes políticos da província. Nestes dias, esta coluna tem recebido correspondência farta sobre a decadência da imagem deste governo. Coisa de gente indignada, que já não engole corrupção e prepotência. Selecionei trechos, como este, do Jango Abujamra. “Diante do descalabro e anomia em que se encontra o Paraná e não é de hoje, é de transanteontem, de algum lugar deve surgir uma reação e o começo pode ser um basta no compadrio para entrar de ratão do Tribunal de Contas e em qualquer cargo da administração para repousar nas mordomias e privilégios e se fazer de morto para o interesse público.” Outro, de Alberto Goya. “Alguma coisa deve acontecer para pôr fim ao descalabro desse tiranete das Araucárias. Se já não bastasse tentar enfiar o irmãozinho mais novo goela abaixo no Tribunal de Contas, via Assembléia, ainda mantém o irmão mais velho “tocando” o porto de Paranaguá, fonte conhecida de suprimento de recursos. Não contente com tudo isso, ainda esconde do povo as verdadeiras razões para a compra de 22 mil televisores alaranjados.” A reação é essa, embora Requião talvez não a perceba, crente de que a paciência do povo é infinita e que os escribas tratarão de escrever sua história segundo a versão que lhe convém.

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