quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Pronunciamento dos Pais

Nós, pais de alunos do Colégio Estadual do Paraná, diante de tudo que estamos vendo acontecer naquela renomada instituição de ensino, vimos registrar a nossa INDIGNAÇÃO e solicitar ajuda, uma vez que não estamos vendo nenhum interesse do poder público que dirige a Secretaria de Estado da Educação e o nosso estado em resolver o problema. Esta situação absurda poderia ter sido evitada, pois muitos de nós já vínhamos demonstrando nossa preocupação desde o início da gestão da profª Madselva, pois nossos filhos demonstram insegurança quanto às práticas pedagógicas implementadas pela atual diretora geral e, neste ano, não fomos chamados à escola, a não ser para ouvir uma aula da professora Madselva no auditório, num momento em que acreditávamos estar reunidos para ouvir e sermos ouvidos. Quando procuramos a escola pedindo solução para alguns problemas, não recebemos respostas concretas ou informações que nos tranqüilizem. Ficou muito evidente a falta de organização da escola. Algumas turmas, em algumas disciplinas tiveram 05 professores diferentes até agora. Professores substitutos não têm conseguido dar aulas com a qualidade dos substituídos. Quando um professor falta, a prática agora é adiantar aula. O professor que está dando aula em outra turma é solicitado a passar uma tarefa. Isso gera um prejuízo enorme para os nossos filhos, pois eles acabam ficando sem duas aulas no dia: a do professor que faltou e a do que adiantou a aula. Falta de clareza no sistema de avaliação, o sistema de recuperação, a falta de limites para nossos filhos em alguns momentos e a polícia em outros tem gerado uma preocupação muito grande. A redução do número de vagas para 2008, de 1200 para 320, para ingresso no 1º ano do Ensino Médio, deixa claro que alunos que estudam nas escolas públicas até a 8ª série, dificilmente conseguirão uma vaga no Colégio Estadual do Paraná. Não HÁ NENHUMA DEFESA DE EXTINÇÃO DOS CURSOS PROFISSIONALIZANTES, A LUTA É PELA MELHORIA DA INFRA-ESTRUTURA DOS CURSOS QUE JÁ EXISTEM(ver item 11 da carta denúncia). O afastamento de professores e funcionários comprometidos com o projeto político pedagógico que defendemos mostra a falta de democracia dentro da escola. Queremos deixar registrado o nosso respeito pelos professores e funcionários pela dignidade e coragem que tiveram de sair em defesa dos nossos filhos, apesar de saberem que sofreriam represálias. Lendo a nota de esclarecimento da Secretaria de Educação, ficamos perplexos, ao ler que a profª Madselva veio implantar uma série de medidas de aperfeiçoamento pedagógico. Que medidas são essas? Eliminação de privilégios? O único privilégio que ela parece ter eliminado foi o ambiente receptivo à presença dos pais e à harmonia necessária para que professores e funcionários comprometidos com um ensino de qualidade possam fazer seu trabalho. O livro de ponto não garante a presença do professor em sala. Profissionais sérios fazem seu trabalho independente de controle do ponto, que já era feito pelas inspetoras dos corredores. Muitos professores, funcionários e pais estão com MEDO. Como terminará este impasse? Como terminará o ano letivo dos nossos filhos? Isso é fazer política? A política não deveria tomar decisões que beneficiem a coletividade? A quem interessa a destruição da qualidade da educação no tradicional Colégio Estadual do Paraná?

Curitiba, 17 de novembro de 2007.

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