quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Carta de um aluno para os professores de Sociologia

Carta de um aluno
Para os professores de Sociologia
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Começo esta carta, dizendo que não sou contra a opinião dos outros, principalmente quando estes são denominados “MESTRES” pela sociedade e pelos tão importantes alunos.

Em sua carta, informam que cabe à Sociologia, como forma de instrumento, o trabalho de analisar e explicar o que tem ocorrido nos nossos atuais e estressantes tempos, porém, se os senhores se mostram tão POLITIZADOS e ANALISADORES dos ocorridos, devemos repensar em alguns quesitos, os quais, foram utilizados para defender sua tese de que a direção está certa ou não, na carta dirigida a TODOS do Colégio Estadual do Paraná.

Os senhores informam que são taxados de “esquerdas” por vários companheiros de serviço, tanto como de pessoas que ficam “em cima do muro”, devido uma posição neutra ou até mais abertamente, a favor da professora Madselva. Na verdade, os senhores utilizam-se de motivos muito impróprios, pois neste momento, vemos alunos com ideais esquerdas, direitas, centristas, anarquistas unidos por apenas um ideal. Mostrando que são capazes de deixar suas diferenças de lado e lutar juntos.

O ideal do Movimento, não é de um lado ou de outro em relação à politização, nem por um projeto conservador, mas por um direito que é de todos: Educação com qualidade e dignidade!

Já mostramos para toda uma sociedade Paranaense (taxada como a mais critica e fechada), que não somos uma turva utilizada como “massa de manobra” (termo que ultimamente tem sido muito utilizado por vocês, para nos denominar), mas que somos um grupo muito bem organizado, seguro do que tem feito e consciente das nossas paralisações.

Contrariando o que é dito na carta, NÃO EXISTE UMA DISPUTA DE INTERESSES NO CEP. Tanto é que nenhum aluno saiu correndo e entrou em outra sala e AMEAÇOU a todos para que saíssem gritando pelos corredores o famoso “fora Madselva!”. Nem nenhum professor “tomou as dores” e se declarou o organizador do movimento (o qual é organizado entre e pelos alunos, sem influência de qualquer mestre, mesmo sendo um dos que mais tenha afinidade com os estudantes ou não), dizendo que “criou isso, por que está cansado da direção geral”. Não, pelo contrário, eles acham que deveríamos repensar na paralisação. Porém, NÓS cansamos de não saber “por onde anda o tal do projeto pedagógico da direção atual” ou de ver SERES HUMANOS serem feitos e tratados como ANIMAIS; Seja professor, alunos ou funcionário. Sendo dito a eles que não sabem o que fazem!

Não somos contra um projeto que prepare o jovem para o mercado de trabalho, nem que o prepare para o trabalhoso vestibular. Somos a favor de um projeto que tenha os DOIS SISTEMAS NA MESMA ESCOLA, como SEMPRE FOI FEITO. Exemplifico, mostrando de uma vez por todas, que não existem termos que diferenciem os alunos da grade escolar normal, dos da grade do curso técnico. Nos declaramos, pura e simplesmente: ALUNOS DO COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ!

· O bem e o mal

É dado como informação que as pessoas vêem na imagem da professora Malú, a imagem do bem e na da professora Madselva, o mal. Errôneo!

Nunca dissemos, mesmo que ela seja xingada, que alguém a odeia! Porém, o que pudemos ver, é a imagem de um professor que dedicou sua vida para ensinar não e somente sua matéria curricular, mas também à viver! Enquanto do outro lado, vemos uma professora que vem de um local, onde os estudantes já se mostram socialmente mais formados, tentando se enquadrar de forma errônea.

Poucos aqui no CEP conhecem o trabalho da professora Madselva na UFPR, somente os mais apegados à universidade ou os mestres que já tiveram aulas no passado com ela sabem de seus feitos. Aparecem sempre comentários bons e educados sobre seu serviço em tempos anteriores, mas em sua atualidade, é questionada sua forma de ação e como uma pessoa pode mudar sua forma de agir apenas por interesse.

Devemos mesmo lembrar que a Madselva é “nova no pedaço”, mas seria correto em sua gestão, modificar o colégio de forma tão “energética”? E demonstrar uma falsa “superioridade” sobre os funcionários, alguns professores e alunos do CEP?

E não é na imagem de um professor ou de um aluno que segue na frente de todos e diz palavras fervorosas ou intrigantes, nos quais encontraremos nossos heróis, mas faremos isso, dentro de nossas mentes, entendendo que esta imagem de herói ou de pessoa a seguir existe em cada um de nós!

Finalizo minha carta, questionando o final da carta dos senhores.

Por que os senhores não se identificam com o pseudônimo: “PROFESSORES DO CEP”?

Existe uma vergonha ou é o medo de não abranger em suas curtas palavras o ideal dos outros?

Posso neste momento assinar como DIOGO GONÇALVES PILOTO LOPES, mas assino como ALUNO DO CEP, ASSUMIDAMENTE INDIGNADO!

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