quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Solicitação de Pronunciamento dos Membros do Conselho Estadual de Educação

Curitiba, 20 de novembro de 2007

Em nome de um número bastante significativo de professores, funcionários, pais e alunos do Colégio Estadual do Paraná, dirigimo-nos respeitosamente a este Conselho, solicitando ajuda para a resolução da crise instalada em nossa escola. Encaminhamos, anexa, documentação protocolada na SEED e no Ministério Público e outros documentos para apreciação e parecer do Colegiado desta importante instância deliberativa, com a maior urgência possível.
Causou-nos muita estranheza o fato de o professor Romeu Gomes Miranda, presidente deste Conselho, participar da mesa de negociações na SEED, no dia 14/11 do corrente, sendo porta voz do pequeno grupo que apóia a professora Maria Madselva Ferreira Feiges, fazendo a entrega de um abaixo-assinado com um cabeçalho que não corresponde à realidade (ver item 11 do documento denúncia). A estranheza se deve ao fato de o professor Romeu, conhecendo tão bem o Colégio Estadual do Paraná, uma vez que foi Chefe da Divisão Educacional, responsável pelo setor pedagógico, de janeiro de 2003 a dezembro de 2005, não ouvir os outros professores antes de definir seu apoio. É importante destacar que os principais encaminhamentos pedagógicos, atualmente tão criticados pela profª Maria Madselva Ferreira Feiges, foram colocados em prática durante o período de gestão pedagógica do prof. Romeu. A estranheza se torna maior ao lembrarmos que o mesmo prof. Romeu Gomes de Miranda, num passado não muito distante, foi um dos mais combativos defensores da classe dos professores e dos princípios democráticos na gestão da educação pública.
O clima de trabalho no Colégio Estadual do Paraná está insustentável. Os professores sentem-se extremamente pressionados pela Direção Geral da escola que não poupa adjetivos depreciativos ao referir-se ao corpo docente. Ontem, 19/11, por exemplo, a profª. Madselva, durante uma entrevista coletiva com a imprensa, afirmou que os Professores do Colégio Estadual do Paraná que afirmam estar sendo pressionados (80% do corpo docente) “são mentirosos, para não dizer outra palavra”. Tem sido cada vez mais comum a manifestação pública da angústia, do choro, do mal estar causado por toda esta situação.
Os pais que apóiam o movimento, apesar de insistentes pedidos à presidente da APMF para convocar uma reunião para tratar do assunto, não são atendidos. Só são bem recebidos na escola quando solicitados a pagar a taxa (“contribuição”) da rematrícula. A APMF tem se envolvido apenas com as questões referentes à formatura e recolhimento de contribuições financeiras, como se pode comprovar pela convocação no site da escola para uma reunião de prestação de contas, para o dia 22/11/2007, às 19h30min. .
Asseguramos que não há nenhum motivo politiqueiro motivando esta mobilização. A única política que nos move é a luta por uma escola pública de qualidade.
Certos de podermos contar com a imparcialidade e a seriedade deste ilibado Conselho, subscrevemo-nos


Atenciosamente,

Ilmo. Sr.
DD. Membro do Conselho Estadual de Educação do Paraná

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