sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Plebiscito no Colégio Estadual do Paraná

Gazeta do Povo on-line
Ensino Sexta-feira, 21/11/2008
Plebiscito
90% da comunidade do Colégio Estadual do Paraná quer eleições diretas para diretor
Plebiscito foi feito na quinta-feira, mesmo dia em que a maioria das escolas do estado escolheu o diretor em eleição direta

21/11/2008 | 12:02 | Célio Yano
Quase 90% da comunidade de professores, pedagogos, funcionários, estudantes e pais de alunos consultados em plebiscito na quinta-feira (20) votou a favor da realização de eleições diretas para o cargo de diretor do Colégio Estadual do Paraná (CEP). De acordo com os números divulgados pelo Grêmio Estudantil do CEP, do total de 2.972 votos computados, 2.610 (88,3%) são favoráveis à eleição direta e 345 (11,7%) contrários.

No CEP, desde 1964, uma lei estabelece que a escolha de um novo diretor deve ser indicada pelo governador. Contra essa determinação, o Grêmio Estudantil Estadual do Paraná, o Comitê Pró-Diretas e o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato) comandaram um plebiscito para saber a opinião da comunidade (professores, pais e alunos) a respeito da eleição direta.


Segundo Lizandra Rocha Souza, diretora social do Grêmio Estudantil do CEP, o resultado do processo reflete bem a vontade da comunidade do colégio. “Os quase três mil votos recebidos na consulta popular representam 75% das pessoas que poderiam votar”, diz. Ela afirma que o grêmio está otimista com relação à mudança no processo de escolha do diretor. “Na segunda-feira (24) temos uma reunião marcada com o presidente da Assembléia Legislativa do Paraná, deputado Nelson Justus, para entregar o resultado”, conta. “Ele se comprometeu a colocar a implantação das eleições diretas em discussão na Casa e a maior parte dos deputados tem se mostrado favorável”.

A estudante relata que os alunos esperam dificuldades apenas na sanção do projeto por parte do Executivo. “Se chegar lá e o governador não aprovar, discutiremos a possibilidade de protestos por parte dos alunos”, afirma.

A reportagem da Gazeta do Povo Online entrou em contato com a direção do CEP e a Secretaria de Estado da Educação (Seed) para o resultado do plebiscito fosse comentado, mas não houve retorno. Na quinta-feira (20), em entrevista à Gazeta do Povo, Yvelise declarou que não iria se opor ao movimento, desde que ocorresse de maneira pacífica. “Essa mobilização dos estudantes faz parte da formação de cidadania. É legítimo. O que a secretaria não pode é ir contra uma determinação do governador e promover o processo eleitoral no colégio. É isso que os estudantes precisam entender”, afirmou na ocasião.

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