quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Um grito contra a ditadura no Colégio Estadual do Paraná

(Blog do Fabio Campana)



Gabriel Carriconde, aluno do 2ºP – Tarde do Colégio Estadual do Paraná, escreveu um texto sobre a situação do Colégio que merece ser lido por todos. Ataca o sistema autoritário instalado na instituição e suas decorrências, que não são poucas e que transformam um colégio que foi de referência num péssimo exemplo de experiência humana e pedagógica.

“Como uma cobra que devora o próprio rabo
Estás em busca do teu fim
Eu digo tudo isso por mim
Pressinto um futuro em que não haverá
Nem sombra de lembranças do teu nome”

Marcelo Baia

A Escola tem perdido seus valores, os estudantes não respeitam mais a história do CEP, porque alem de não a conhecerem não se indentificam em um Colégio que cada a dia tem piorado sua qualidade. O estudante não se orgulha mais de vestir uma camisa de mais de 160 anos de história.

Eu como aluno do 2 ano turma P, e militante do movimento estudantil no CEP simplesmente me envergonho da Direção-Geral do meu colégio, mas nunca vou me envergonhar da camisa que eu visto todos os dias.

Eu amo meu Colégio, me orgulho pela sua história, e não vou baixar minha cabeça pros ditames que tenho visto. Não vai ser um Governo Irresponsável e muito menos uma direção autoritária que vai fazer eu parar de lutar e me orgulhar do meu Colégio.

Como estudante faço um apelo para toda sociedade paranaense, olhem para o Colégio Estadual do Paraná! O CEP é um patrimônio da sociedade paranaense que o Governo Requião está destruindo de mãos dadas com as políticas Neoliberais do MEC.


O Colégio Estadual não pode mais continuar na lastimável situação que está, ontem mesmo tive a informação que a Direção-Geral proibiu os estudantes de dar entrevistas para jornalistas, e está proibidos de partiipar de qualquer marcha ou passeata sem a autorização da direção.

Um Colégio que lutou contra a Ditadura Militar durante 20 anos não pode aceitar esse tipo de coisa!
O CEP que em 2005 foi o 3 melhor colégio do Brasil segundo o ENEM, hoje é 28º colégio do Paraná segundo dados do ultimo ENEM. Tudo isso graças a uma politica pedagógica irresponsável da Secretária de Educação em conluio com seus ”feitores” da Direção.

Hoje o CEP está preparando seus estudantes para futuramente serem futuras mãos de obras baratas no mercado de trabalho. As pedagogas ao invés de cumprir um papel libertador e de conscientização, fazem um papel nojento de controle ideologico.

Não há disscusão na Comunidade Escolar de como resolver esses problemas porque simplismente a Direção censura quem passar a defender um programa direferente do dela. A Comunidade Escolar hoje está amordaçada e temerosa.

A informações também que para o próximo ano letivo será instalada câmeras ate nos próprios banheiros, os próprios estão proibidos de ir ao banheiro, hoje o estado de excessão é lei no Estadual.

Não quero mais entrar em sala de aula e ter que ver professores desanimados com seu trabalho, de ver meus amigos desmotivados e descontentes! Cansei desses chupins do Estado colocar a culpa nos professores e alunos! Cansei de me falarem para parar de criticar a Escola se não vou ter que procurar outro Colégio! CEP: Ame-o ou Deixe-o.

Cansei de ter meu telefone grampeado para saber o que ando falando ou dizendo que possa ser prejudicial para a Direção! Cansei de ver meus pais coagidos por uma direção fascista!

Chega! Isso é um grito desesperado de um estudante que ama seu Colégio! Que não aguenta ver sua bandeira jogada na lama por essa corja de irresponsáveis!

Não temo represálias por causa desse texto, não tenho medo que meus pais sejam chamados para assinarem atas se compromentando a botar uma mordaça na minha boca!

Como diz uma música da Nara Leão: ”Pode me prender, pode me bater, pode ate deixar-me sem comer, porque não mudo de opinião”.

Vou lutar até o ultimo suspiro pra ver esse colégio ser aquilo que sempre deveria ser, O Melhor Colégio Público do País, porque acredito na escola pública, e acredito no potencial que meu Colégio tem. Quem quiser lutar junto seja bem-vindo!
Democracia no CEP Já!
Abaixo a Ditadura!
 
Gabriel Carriconde
Aluno do 2ºP – Tarde do Colégio Estadual do Paraná

Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009 – 12:44 hs. Deixe um comentário.


Comentários

Tania Izidoro Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009 – 13:28 hs
Os versos citados são de Mauricio Baia…

Maiko Vieira Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009 – 13:42 hs
Parabenizo o estudante Gabriel Carriconde, a ditadura acabou ha mais de 20 anos no Brasil, mas ela por determinação do Governador Roberto Requião persiste no maior Colégio Público de nosso estado.
É uma vergona a situação que se encontra o CEP e pior a maneira que vem sendo tratado seus alunos, este colégio deveria ser referência na Educação no Estado, e o que se vê e lê é o contrário, a imposição ideológica através do regime autoritário e excludente, que faz do Colégio uma prisão em vez de um lugar para o aprendizado.
Apoio a luta dos estudantes do CEP, Democracia sempre…
Maiko Vieira
aluno do CEP 1995-1998 (Presidente do GECEP 97/98)


Camila Cavalheiro Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009 – 14:42 hs
O que acontece hoje no Estadual é mesmo absurdo. Nós estudantes somos proibidos de tudo, inclusive de pensar. Temos uma direção que é extremamente autpritária, que diz que qualquer ato contra a direção é um ato de indisciplina. Ainda estamos nos tempos da Ditadura Militar?
Esperamos que toda a sociedade tome conhecimento do que acontece lá dentro hoje.
ABAIXO A DITADURA NO CEP!

Orquídea Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009 – 15:14 hs
Neste momento os sebhores Roberto e Maurício Requião devem ficar orgulhosos de receberem estas críticas de um menino do ensino médio. Afinal eles contribuíram e contribuem significativamente para que aquela incompetente continue na administração de um colégio tão grande. Um colégio que não precisa de mãos de ferro e sim de um bom cérebro para administrá-lo.

FORA MADSELVA
!

Virgínia Soares Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009 – 15:20 hs
Muito bom Gabriel, como uma escola que tm uma linha pedagógica que fecha todos os canais de comunicação com toda a comunidfade escolar, que não ouve os principais interessados que são alunos e professores, que desrespeita o professor, que acaba com coordenações de área e aí o professor faz como quer e como entende em sala, e quando aparecem os problemas joga-se a culpa nos professores. Quando transforma pedagogos em burocratas como se papéis fizessem por si só acontecer a educação em sala, isto tudo tem um nome – “Falta de experiência” ñunca estiveram em sala d eensino fundamental e nem médio, com raríssimas excessôes, mas a muito tempo passado. O aluno a cada ano chega diferente, em comportamentos, valores, referenciais. Todo professor deve ser pedagogo, deve estudar eternamente como se aprende e como se ensina, potanto quem sabe conduzir um projeto pedagógico de uma escola é sim quem tem experi~encia, senão é falar no vazio, sem consistência. Percorram as escolas boas? Quem coordena? São teóricos? Pessoas sem experiência PRÁTICA, claro que não, são profissionais que falam coisas que conhecem de perto e que tem coerencia e consistência e pra finalizar a Educação precisa estar nas mãos de pessoas que entendam e pratiquem no dia a dia o diálogo, tenha auto crítica e principal tenha uma relção boa e afetiva comos alunos e a comunidade escolar, pessoas com carisma que seja guiada pelos melhores sentimentos que uma pessoa possa ter, que consiga cativar e congregar alunos e professores num verdadeiro ato de amor à vida. ao próximo e à sociedade, só assim poderemos falar em transformações da sociedade quer no campo político, social, cultural e enfim de humanidade. Aqui está tb meu desbafo como educadora.


HARE BABA!!!Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009 – 15:54 hs
Quando é que esta nação irá acordar???? quando olhamos para a area da educação, constatamos estes fatos, quando estamos enfrentando uma crise na area da saúde Deus que nos proteja!!!, segurança pública da pra escrever uma enciclopédia recheada de exemplos de incompetência e descaso, pombas!!! e no ano que vem nossa população vai continuar elegendo em toda essa corja, os reconduzindo para os mesmos cargos, e ou para outras funções, o que se passa na mente dos eleitores deste Brasil??!!


virginia Soares Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009 – 16:08 hs
Quero complementar o que a orquidea falou. menino do ensino médio tem muito a dizer sim, se tivessemos uma escola democrática, onde se respeitassse o aluno como um cidadão em construção ou seja um sujeito da pro´pria história, não é isso que fala a pedagogia histórico Crítica da SEED PR? sses meninos e meninas tem muito a dizer sim, de suas expectativas, de suas angustias, da escola e da sociedade de seus sonhos, se os ouvísssemos realmente, se estivésssemos dispostos a descer do pedestal das nossas teorias que muitas vezes não passam de conjecturas, como diz Popper, teríamos muito a aprender, a somar e construirmos juntos um projeto mais harmonioso, mesmo nas divergencias de opiniões, de escola que realmente saísse do discurso d democracia e vivessemos a prática dela em tods as intâncias de poderes dentro de uma escola.


Bruno LopesQuinta-feira, 22 de Outubro de 2009 – 16:08 hs
Motivo 2

Conservar o CEP sobre a adminitração de qualquer que seja o governo é estrategicamente importante – pois analise você; um governante sendo cobrado pelos estudantes que estão constantemente concentrados a porta do palácio iguaçu, não me parece uma idéia muito boa pois, gera descredibilidade frente à população, gera margem para grupos opositores e cria problemas e muito trabalhob – o que não muito conveniente aos governantes.

Bruno Lopes Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009 – 16:18 hs
Contudo…

Ter uma escola livre da opressão dos interventores é de funtamental importncia, de modo que cabe ao governo atual tomar a iniciativa para dar solução a esse problema que a décadas se arrasta no CEP, já que o governador Requião é declaradamente de esquerda… que seu governo é progressita e tem compromisso com o movimento estudantil, com os movimentos sociais e com a educação brasileira.

Ricardo Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009 – 16:28 hs
Uma pena a maioria dos alunos não perceberem a real situação.
Requião manda em Madselva, Madselva obedece para se manter no cargo e ganhar seu salario mensal, ela não é boba.
As ordens de Requião dadas a essa senhora, mostra claramente os fins políticos dessa trupe.
Mas fazer oque, os caras-pintadas de antes, hoje estão calados, diante de um governo que impõe goela abaixo suas diretrizes.
Calados até quando?

Aluna do CEPQuinta-feira, 22 de Outubro de 2009 – 16:30 hs
Jaiminho O Carteiro

Querido acho que você está falando sem pensar quando se dirigi a nós alunos do CEP como filinhos de papai…
Você está generalizando uma posição que não é verdade
pois neste colégio existem alunos de todos os cantos de curitiba
e nós não estamos querendo ser tratados como “príncipes” e sim como alunos que como tem seu deveres tem seus direitos também..
e a sociedade não pode generalizar também o que ocorreu com os adolescentes do colégio, pois tem muitos alunos que estão lá para estudar e ser alguém na vida, não para ser apenas mais um na multidão (como também disseram neste blog)…..

Portando quando você “Jaiminho O Carteiro” se referir a nós alunos, não generalize o que você irá dizer….

que como tem em todos os lugares, os que estão apenas para fazer volume., tem também os que estão para fazer a diferença…..

Muito obrigada pelo espaço, e agradeço também pela adiantado pela sua compreensão….
Até mais!!!

Paulo FortunatoQuinta-feira, 22 de Outubro de 2009 – 16:38 hs
A Madselva alem de errar…volta a cometer os mesmos erros!


pedro silva Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009 – 16:46 hs
Cleverson!
EU posso falar de carteirinha porque dei aula nesse colégio, e conheço alguns desses alunos. A direção é uma ditadura em pessoa, e a culpa, se não for somente dela, é de pelo menos 80%. É na verdade um colégio público, mas conduzido com mãos de ferro, e deu no que deu, e isso é apenas a ponta de um grande problema.
As autoridades educacionais tem que apurar os fatos e revelar para a imprensa, e não colocar tudo como sigilo, porque é isso que a direção e o governo quer realmente.

Thianny Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009 – 18:29 hs
Para Mãe
Sem ditadura os alunos aprenderiam a pensar, aagir com responsabilidade e consciencia como sempre foi no CEP até a chegada desta senhora que sucateou o conteúdo dentro da escola. Ela incentivou o denuncismo , a aprovação desenfreada e veja onde as coisas foram parar. Se as autoridades querem recuperar o CEP devolvam a Madselva para a FEderal e coloquem alguém com experi~encia em escola e não somente teoria.


Bruno Gustavo Domacoski Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009 – 18:43 hs
Caros leitores do blog, aos que criticam e aos que apoiam alunos ou diretora… eu só faço uma pergunta…

Me lembro que em 2007, a senhora Madselva botou a culpa de toda a paralisação dos estudantes em uma professora, tendo como justificativa que ela queria assumir seu lugar… a mesma foi afastada e hoje mora nos EUA, sendo muito feliz com seus filhos. E eu pergunto o que mudou neste colégio? Será que a culpa era realmente desta professora? Será que é simples despertar o sentimento de revolução em quase 3 mil alunos de uma hora para outra… ou será que algo está errado no Colégio Estadual do Paraná.

Quando me lembro dos dois anos que lá passei, lagrimas brotam de meus olhos… porém lagrimas maiores escorrem quando vejo o que lá acontece, com alunos, professores e funcionários…

A senhora Madselva que me lembro muito bem, tentou me subornar em algumas ocasiões para que botasse a culpa em professores… é a mesma que lá está. E é a mesma que fez com que milhares de estudantes tenham um único sentimento naquele colégio: Amor

Amor por ver uma história ser destruida, por uma incompetente, que só sabe querer mamar nas tetas do nosso senhor Requião… por uma retardada e desculpe o termo mas é o que ela é, que quer se manter no cargo por EGO.

MÃE DA SELVA… não se preocupe… a história dessa instituição… jamais será esquecida!!! porém a sua sim, será e muito facilmente!!!

Bruno Gustavo DomacoskiQuinta-feira, 22 de Outubro de 2009 – 18:46 hs
Ex – Aluno

do Colégio Estadual do Paraná!!!

BISTEKA Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009 – 18:51 hs
Pois é….
REIQUIÃO, deve ter tido um trauma de infância terrível!
Segundo se fala por aí, seu pai fez de tudo para formar o irmão EDUARDO VOVÓ NANÁ em psquiatria, pois já vislumbrava o que aconteceria com o Robertinho… Vóvó crescer se formou, porém não deu conta do recado… Restou somente GARDENAL para tratar o rebendo….
Robertinho Reiquião de Mello e silva, cresceu, e seus problemas psiquicos foram se agravando…
Queria o Paraná para sí e o teve e ainda o tem… Faz dele o que quer!
Queria o Colégio Estadual para sí, e agora o tem e dele faz o que bem entende…
Queria o Porto de Paranaguá e o tem…
Como uma criança mimada, quebra todo o brinquedo…
Como poderíamos chamar esta anormalidade, PSICOPATIA???

pedro silva Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009 – 19:42 hs
Mãe!
Concordo com a Thuanny, não é com autoritarismo como esta acotecendo no Estadual que a coisas se resolvem. Com ditadura Mãe, acontece o que aconteceu alunos revoltados com a direção e fazendo sexo no banheiro. É preciso primeiro devolveru essa senhora para a federal, e depois com muita calma dialogar com os alunos. Também é necessário punir exemplamente esses alunos, com a expulsão do colégio: ser duro sim, mas com ternura. A diálogo, mas a limites. Esta senhora somente esta no cargo ditatorialmente, sem ninguém votar nela, e deu no que deu, alunos fazendo sexo no bainheiro, precisamos mudar essa situação urgentemente, devolvam a diretora para a federal.

Elias Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009 – 20:51 hs
Sou professor do Colégio Estadual do Paraná.
O Gabriel é meu aluno, e me sinto orgulhoso de um rapaz que tem apenas 16 anos e que tem a capacidade de argumentação e a coragem de defender as suas idéias publicamente, de maneira clara e correta.
Como as pessoas que discordaram dele, o fizeram atacando a sua pessoa, sem se dar ao trabalho de questionar as suas idéias, demonstrando com argumentos que ele está equivocado, não é necessário sair em sua defesa.
Até a semana passada, também, era professor da aluna e de um dos alunos que, infelizmente, fizeram aquela barbaridade, que manchou o Colégio Estadual do Paraná, e também fui colega de faculdade do pai do aluno da 7ª série envolvido neste caso.
Portanto, me sinto credenciado para emitir a minha opinião, baseada na experiência diária de trabalhar no CEP.
Sobre o fato que deu origem a toda esta situação, estou chocado ainda com o acontecido, assim como toda a comunidade do colégio e, acredito, que todas as pessoas que dele tomaram conhecimento.
Embora possa tentar opinar sobre vários comentários emitidos sobre aquele lamentável acontecimento, prefiro me ater mais ao que o meu aluno expressou.
É claro que o gesto dos adolescentes deve ser exemplarmente punido, embora no ECA (não seria por acaso EPA – Estatuto da Permissividade para o Adolescente)? não exista a idéia de punição.
Como professor da rede pública de ensino desde 1991, posso defender a tese de que se a Escola Pública tem vários problemas, boa parte deles se originam nas Universidades ou Faculdades onde os professores são formados, haja vista que nenhuma delas tem, a meu ver, uma grade curricular mínima que possa formar minimamente um bom professor, ficando a cargo da experiência docente a verdadeira escola para aprender a ser professor, e não existe a preocupação de acompanhar o trabalho deste profissional de maneira adequada após a sua formatura e entrada no mercado de trabalho.
O segundo elemento deste triste equação é a maneira como estão organizadas as secretarias de educação e o próprio MEC, cujo objetivo principal parece não ser atender as necessidades elementares das escolas, o que seria possível se eles não fossem instrumentos políticos partidários, e que tivessem o mínimo de organização e planejamento para o bom funcionamento das escolas, que apesar disso tudo ainda funcionam, algumas melhores que outras, mas todas sujeitas ao arbitrío,aos “projetos”, e as vontades dos “donos do poder”, sem levar em conta a realidade de cada unidade educacional e as suas condições de funcionamento.
Depois deste breve preâmbulo, vamos ao Colégio Estadual do Paraná:
É, infelizmente triste a queda na qualidade das condições de trabalho que enfrentamos, professores e funcionários, o que afeta a aprendizagem dos nossos alunos.
Como exemplos posso relacionar a troca constante dos horários, até agora foram 15 ou 16 vezes, nos turnos manhã e tarde; quando está quente, as salas de aula ficam abafadas e o ambiente não é o melhor para se trabalhar, e nem ao menos podemos levar ventiladores para lá, pois fui repreendido por escrito quando fiz isto, além da tradicional bronca da nossa Diretora, que sob ameaças, queria me escoltar até o meu carro para guardar o dito ventilador; é comum pessoas serem repreendidas em público, sofrendo humilhações, por alguma coisa que tenham feito de errado ou não, ficando o autor da mesma livre para decidir quando e onde ela deve ocorrer; as duas pedagogas do ensino fundamental agora fazem o papel de inspetoras de corredor de luxo, ao invés de fazer o seu trabalho, para o qual passaram pelo menos 4 anos na faculdade; as mudanças são decididas pela cúpula, embora sempre tentem mascaram esta prática, sob uma patética máscara de democracia, bastante parecida com aquela do ditador ugandense Idi Amin Dada ou aquela do Gal Ernesto Geisel, o da democracia possível; somos presionados nos conselhos de classe finais, a aprovar o máximo de alunos, mesmo que eles não tenham condições de serem promovidos por mérito, e o que é pior, com frases como “se você não passar ele, o pai, que é advogado, vai te processar” ou esta outra “o pai dele é médico”; O NRE Curitiba criou uma lista com 16 ítens que as escolas tem que preencher para cada aluno reprovado e que entrou com o infame “processo” para tentar passar na base do “Tapetão” (vários professores e funcionários conhecem o texto produzido coletivamente sobre esta expressão originária do futebol), o que infelizmente tem levado muitos professores a antecipar este absurdo, passando muita gente que não devia.
Uma última coisinha: uma pessoa pode ser advogada do NRE Curitiba pela manhã e a tarde trabalhar em um escritório de advocacia, especializado em atender escolas particulares?


Thianny Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009 – 23:05 hs
Como mãe e pedagoga ( não sou do CEP) parabenizo o aluno Gabriel e lamento o nivel de alguns comentários de adultos como Ladislau e outros que mostram total desrespeito a este espaço e a oportunidade de estar aqui debatendo,é justamente porque a ditadura acabou que os senhores podem falar aqui sem serem prresos e torturados. é Claro que quando a comunidade escolar do CEP fala em ditadura é a ausência de dialogo,o fim dos projetos, a biblioteca fechada, aluno proibido de emprestar livros em horário de aula. Professor que precisa deixar a sala sozinha e ir pessoalmente buscar um controle remoto e fazer uma fichinha gastando o precioso tempo do conteúdo. São estas e outras normas absurdas que gerarm tudo isso na escola.
Parabéns professor Elias, pela sua coragem. A comunidade educacional sabe que professores excelentes foram afastados do CEP e processados. Volte aqui e nos conte se o senhor não receber processo nos próximos dias. Em 161 anos( se não me engano) anos o CEP formou inúmeros lideres porque existia respeito pelo ser humano e não simplesmente imperava a vontade de uma pessoa. Troquem a direção e verão CEP se reerguer das cinzas !!! Continuem com a MAdselva e enterrem esta história, mas como disse o Bruno ( ex aluno) me parece . O CEP não será esquecido a Madselva sim, e com certeza com o fim do governador Requião ela sai!! Desejo muita força aos educadores do CEP e aos excelentes alunos desta instituição apesar de sua direção. Não deixem que três crianças inconsequentes os destruam…


Rubens Tavares Sexta-feira, 23 de Outubro de 2009 – 1:02 hs
realmente Focuault tinah razão em afirmar “corpos docéis” para uma sociedade de corpos disciplinados e regidos por normas disciplinadoras. o fato é que a saida para o CEP são eleições diretas como bem demonstrou o resultado do Plebiscito, que se a “condottiere” do CEP realmente tivesse um pensamento democrático teria pedido a sua saida, acatando o referendo popular. as eleições garantem uma consulta popular, evidentemente não são a solução , mas qualquer comunidade pública ou particular que representa uma comunidade de cidadãos deve ser necessáriamente eleita, ou passar pelo crivo da escolha. tem culpa nessa situação desde o antigo secretário de Educação, quando das manifestações da “primavera do CEP” preferiu aliar-se aos argumentos de que “baderneiros” estavam por trás das manifestações, até a carta recebida pelos pais da promotoria que diga-se de passagem mal escrita, usando o velho discurso surrado do plano Cohen. parabéns ao estudante que iniciou essa discussão, exerce seu papel que é de fazer uso de seu conhecimento em defesa de uma critica não tornado-se um “idiotes” e sim um cidadão. lembrando dos estudantes de 68 um pensamento que para é um pensamento que apodreçe, e diga-se de passagem que o carcomido “stalinismo” despertou nas ações da direção e de seus demagogos de plantão asseclas que tem a função apenas de agradar perdendo o principal dever de todo intelectual que é exatamente exercer o pensamento critíco.


REVOLTA Sexta-feira, 23 de Outubro de 2009 – 10:11 hs
Ficaria feliz se a ditadura fosse somente no Colégio Estadual do Paraná, mas não é. A Famosa eleição de diretores foi somente fachada basta observar o direcionamento que a SEED está dando para o que chama de democracia. Inventou um novo conceito de democracia. Basta ver no Estado do Paraná as escolas que a SEED afastou os diretores eleitos. Não foi somente no CEP que cometeu aberrações jurídicas contra profissionais da educação, mas no Paraná inteiro. Acredito que a SEED o desconhece a Constituição Federal ou ignora qualquer direito do servidor e educador. Ignora por conveniência não somente a CF, a Lei 6174/70, 103 a 106, ou melhor parece que não conhecem Lei e direitos, ou isso é democracia? Não, é aberração jurídica. Quando esta barbarie ira acabar? quando mudar a Secretária ou o Governo?



Gabriel CarricondeSexta-feira, 23 de Outubro de 2009 – 10:43 hs
A intenção é discutir a situação calamitosa que o CEP está, e não fazer julgamentos morais sobre os ultimos acontecimentos envolvendo os 3 estudantes.

O que houve foi apenas a ponta de um enorme Iceberg…

Chirlei Trelha Sexta-feira, 23 de Outubro de 2009 – 11:22 hs
Independente de qualquer coisa, se o aluno tem notas azuis ou vermelhas, se é rico ou pobre, se é maduro ou não, o que me deixa feliz é ver que não só ele como muitos alunos, não estão calados e acomodados, seria muito fácil passar pelo CEP tirar notas azuis, ir pra uma faculdade e ser um cidadão acomodado como todos os outro… NÃO! eles estão mostrando que querem e lutam por um CEP melhor e conseqüentemente para uma sociedade livre de “jargões”, serão esses cidadões que farão a diferença no BRASIL… afinal o BRASIL precisa de pessoas “revoltadas”, para fazer a diferença e tentar mudar a história triste que nossa sociedade caminha.
Sou ex estudante do CEP, e tenho muito amor ao Colégio… e lamento estar assim nessa “calamidade”, o que mais lamento é a Malu estar tão longe daqui… professora guerreira, que nos ensinou muito… nos insinuou cidadania e SEMPRE independente da situação RESPEITO AO PRÓXIMO.
No Colégio não aprendemos só o “B a Bá” , aprendemos a ser cidadão… e o que o Gabriel está fazendo é exercendo esse direito!
O Gabriel tem meu apoio!
Afinal que democracia é esta em que não existe direito de voto!
Que democracia é essa aonde não se tem a liberdade de expressão!

LIBERDADE DE EXPRESSÃO! LIVRE ARBÍTRIO! PODER DE IR E VIR!


florisval maier Sexta-feira, 23 de Outubro de 2009 – 11:31 hs
GOSTARIA DE PERGUNTAR O SEGUINTE ALGUEM RECLAMA DO DIRETOR DO POSITIVO DO SANTA MARIA DO BOM JESUS, POIS É EU NUNCA VI. ACONTECE Q TEM PROFESSOR Q NAO VAI DAR SUA AULA OU MELHOR VENDER POIS SAO PAGOS PRA ISSO, E FICAM FAZENDO COM Q OS ALUNOS DA ESCOLA PUBLICA FIQUEM OCIOSOS CAUSANDO A SENSAÇAO DE BADERNA E É CLARO SEMPRE DE IMPUNIDADE, POIS AI SE UM DIRETOR COBRA PELAS FALTAS E PELA BADERNA ELE É DITADOR ENGRAÇADO ISSO… ACONTECE Q OS ALUNOS NAO ENTENDERAM UMA COISA OU ESTUDAM E COBRAM QUALIDADE DE ENSINO OU VAO SE TORNAR MAO DE OBRA BARATA PRA ESTUDANTE QUE CUMPREM COM A SUA OBRIGAÇAO Q É ESTUDAR… A ESCOLA TEM O DEVER DE PODER IMPRIMIR LIMITES. ANTIGAMENTE SE UM ALUNO FOSSE REPRIMIDO POR DESTRUIR OU RISCAR UMA PAREDE OS PAIS CONCORDAVAM COM A ATITUDE DA ESCOLA, HOJE EM DIA COITADO DO PROFESSOR QUE CHAMA A ATENÇAO DE ALGUM ALUNO É PAI INDO NO NUCLEO NO CONSELHO TUTELAR É DE DAR PREGUIÇA NO PROFESSOR DE CUIDAR DA ESCOLA. LIMITE TODO SER HUMANO PRECISA….

Chirlei Trelha Sexta-feira, 23 de Outubro de 2009 – 11:50 hs
Fui aluna do professor Rubens Tavares e tenho orgulho de ter sido…
[...]“parabéns ao estudante que iniciou essa discussão, exerce seu papel que é de fazer uso de seu conhecimento em defesa de uma critica não tornado-se um “idiotes” e sim um cidadão.”

Saudades das aulas e das provas do Rubens, em que tinham 2 ou três questões (sobre determinado assunto) e um monte de linhas para o aluno se expressar da forma que desejasse… eram as minhas provas favoritas…
Sabemos da enorme imporatãncia que os professores tem na nossa vida, até hoje trago muito deles em mim… Os professores merecem hoje e sempre o NOSSO MUITO OBRIGADA!


Gabriel Carriconde Sexta-feira, 23 de Outubro de 2009 – 11:50 hs
Pesadelo

MPB4
Composição: Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro

Quando o muro separa uma ponte une
Se a vingança encara o remorso pune
Você vem me agarra, alguém vem me solta
Você vai na marra, ela um dia volta

E se a força é tua ela um dia é nossa
Olha o muro, olha a ponte, olhe o dia de ontem chegando
Que medo você tem de nós, olha aí

Você corta um verso, eu escrevo outro
Você me prende vivo, eu escapo morto

De repente olha eu de novo

Perturbando a paz, exigindo troco
Vamos por aí eu e meu cachorro
Olha um verso, olha o outro
Olha o velho, olha o moço chegando
Que medo você tem de nós, olha aí

O muro caiu, olha a ponte
Da liberdade guardiã
O braço do Cristo, horizonte
Abraça o dia de amanhã

Olha aí…
Olha aí…
Olha aí…

Professor Sexta-feira, 23 de Outubro de 2009 – 13:57 hs
Perdoo o Florisval Maier, ele não conhece a situação e portanto não sabe o que diz.


orquidea Sexta-feira, 23 de Outubro de 2009 – 14:21 hs
Ao florisval maier:

Eu gostaria de perguntar se o senhor trabalha no Colégio em questão. Se não trabalha como pode afirmar que a direção está cobrando qualidade? A direção pode estar cobrando o que lhe convém, que não necessariamente é qualidade, ou o senhor parte do princípio que todos que estão no poder são pessoas competentes?

Se o senhor trabalha no colégio em questão…então já sei o motivo da defesa!!!!!

A qualidade de qualquer gestão não está na falta de regras ou no excesso delas e sim na maneira como são conduzidas, por exemplo temos nossa constituição que garante saúde a todos, mas sabemos que não é assim que a “banda toca”.


Thiago Brobio Sexta-feira, 23 de Outubro de 2009 – 16:17 hs
Se os adultos fazem comentários com esse tipo de palavas, o que querem exigir dos alunos? Acho que as pessoas deveriam ter um mínimo de embasamento para poder opinar sobre a atual situação do CEP, pois o que a imprensa divulga não é nem um terço do que realmente acontece.
Entrei no CEP em 2007 e tinha orgulho de usar aquele uniforme azul, hj tenho vergonha. É realmente lamentável ver que em colégio que em 2005 foi a 3ª maior nota brasileira no ENEM, em 2007 foi a 2ª nas Olimpíadas Brasileras de Matemática e hoje é 28º do Paraná. Acho que a culpa pode até ser dos alunos (em parte), mas não foram os alunos que retiraram o teste seletivo, adotaram a filosofia de “escolas não são para formar futuros universitários e sim, números e mão-de-obra barata” e também não são os alunos que exigem que os professores não os reprovem porque é preciso que o Paraná tenha um alto índice de aprovação para ser conhecido nacionalmente como o estado que menos tem alunos repetentes. E ainda dizem que os alunos são os culpados pela atual situação do CEP.


Liege Scremin Sábado, 24 de Outubro de 2009 – 16:34 hs
‘ Somos o futuro da nação, geração coca cola. ‘ Já dizia o grande Renato Russo, tirando a parte do ‘coca cola’, eu acredito sim que possamos transformar o futuro, mas para isso precisamos de coragem, e principalmente de exemplos, também sou aluna do Colégio Estadual do Paraná, e como disse o Thiago, quando entrei em 2007 me orgulhava de falar ‘ Eu passei no CEP’, era o Colégio dos sonhos de qualquer adolescente, porém hoje, creio que virou o pesadelo. É incrível que pessoas que não estão lá dentro para saber o que acontece, saiam falando por ai; e o que realmente me preocupa, é que esses ‘grandes’ adultos, tenham essa absurda atitude INFANTIL, de dizer que os adolescentes de hoje só querem saber de orkut. O pior de tudo é generalizar essa situação, por ser uma adolescente me sinto ofendida, porque orkut realmente não me leva a nada, o que eu faço no meu dia a dia, é ter 12 aulas, das 7 da manhã às 7 da noite, estudo sim, e estudo pra me tornar uma boa profissional, e consequentemente uma adulta responsável, e integra, sabendo o que fala. Pra muitas pessoas, alunos do estadual são arruaceiros, porém são somente arruaceiros, os alunos que querem mudança dentro daquele Colégio, é por isso que lutamos, pra que possamos melhorar a qualidade de ensino (que atualmente é péssima), e deixar de ter apenas ‘numéros’ nesse país.


Funcionário Sábado, 24 de Outubro de 2009 – 19:52 hs
Para Alexandre:

Nós tentamos fazer isso em 2007, mas vc já tentou afastar diretora de colégio protegida pelo governador e secretário de educação do estado?
Pois é fomos todos chamados de baderneiros, perseguidos e a incompetencia e o assedio moral continuam até hoje, pelo menos enquanto durar o governo Requião! É a política prejudicando a educação! Por causa de uma pessoa ele perderá muitos votos futuros!
Pedropolemico Domingo, 25 de Outubro de 2009 – 18:21 hs
Thiago Brobio!
Realmente isso acontece em todo lugar, e principalmente também no Instituto de educação que dei aula muitos anos. Agora vou te dizer uma coisa, de um professor que dá aula a 23 anos na rede pública do Parana, as coisas pioraram muito no Estadual, e nos demais colégio que dei aula quando a diretora é como essa no Estadual, ditadora, e protegida no governo do estado do Parana.
Mas, a realidade dos outros colégio não destoa muito do Estadual, é só ver o número de meninas grávidas que estão na rede pública. Agora, pergunte onde elas engravidaram, na casa delas é que não foi, perto do pai e da mão, ai sobra os banheiros e os lugares abandonados nos velhos colégio do Parana. A escola tem que mudar e tirar essas pessoas como pensam esta senhora didatora do colégio do Parana. A velha velha guarda tem que sair para dar lugar ao novo. Abaixo a ditadura, diretas Já!

Gabriel Carriconde Domingo, 25 de Outubro de 2009 – 20:49 hs
Lendo alguns tópicos sobre a carta, fiquei extramanente chateado com algumas abordagens apresentadas.

1. Julgar o aluno por sua capacidade de tirar 10,0 ou 7,0, e não sua capacidade intelectual e crítica. Voces querem preparar uma geração de tecnocratas q pensa em suas médias? Ou realmente cidadãos que sejam protagonistas de uma nova sociedade?

2. A falta de críticas realmente embasadas: com toda franqueza, enquanto voces adultos ficarem em cima de seus pedestais e na acrópole, e não descer de seus egos e escutar o que a juventude tem a dizer, a situação tende ficar mais calamintante, pois quanto mais repressão e intolerância, mais rebeldia.

3. Alguem falou ai que o Requião é de esquerda, olha com essa ”esquerda” que temos é melhor o PSDB e o DEM se aposentar. Acredito em uma esquerda que tem como estratégia a Revolução e não se abraçar com a burguêsia para se manter dentro da superestrutura.

4. Não acredito em uma escola a cuspe e giz, com um Diretor que mais se parece com o Diretor de FEBEM. A juventude precisa de uma educação libertadora, que realmente forma um cidadão e um futuro trabalhador com consciencia crítica e mão-de-obra qualificada.

5. Atualmente o CEP vive uma Ditadura sim! E não só em sua estrutura organizacional, mas como na própria articulação pedagógica, os professores hoje não conseguem oferecer uma boa aula pois hj estão de mãos atadas em um sistema burocrático que cada vez mais vai mostrando suas ruinas.

6. Enquanto aos ataques pessoais sem fundamento como ”vai estudar” ”politiquinho” ”desinformado”, eu quero que voces assumam publicamente porque apoiam a direção madselva e deem argumentos. Não vivam a sombra dos outros, mostrem a antitese.


Pedropolemico Segunda-feira, 26 de Outubro de 2009 – 8:41 hs
Vamos juventude deem suas opiniões, coloquem a boca no trombone, este site é o lugar certo.
Estou esperando.

Thiago Brobio Terça-feira, 27 de Outubro de 2009 – 16:26 hs
Como disse o Pedropolemico e o Gabriel, é realmente isso. TODOS os professores e alunos estão desmotivados. É bom saber que ainda existam pessoas que acreditam na juventude. Porque todo mundo critica, aceita e nãpo faz nada para melhorar. Há um abraçaCEP marcado pra quinta-ferira, quero ver só que tipo de argumento a Madselva vai usar para barrar os alunos, pq os professores ela já sabe: processo administrativo, que foi a mesma coisa que ela fez em 2007, onde quase todos os professores que apoiaram os alunos receberam processo e hoje estão impedidos de ministrar aulas.

Prof. Wanderley José Deina Terça-feira, 27 de Outubro de 2009 – 19:46 hs
De quem é a responsabilidade por uma garota de 13 anos praticar sexo com dois garotos, também menores, no banheiro da escola? Interessante alguns comentários, neste e no outro tópico, responsabilizando a garota e os garotos… Ora, a responsabilidade pelos estudantes, quando eles estão na escola é da escola. São menores, portanto, não têm a autonomia para se responsabilizar pelo que fazem. Não é nem o Estatuto da Criança e do Adolescente, mas a Constituição Federal do Brasil quem determina isso. Os adultos que estão na escola, que trabalham nela, é que são responsáveis não apenas pela educação, mas também pela segurança dos estudantes. Madselva cancelou diversos projetos importantes, entre eles um que era realizado pela Profª Marli Kucheni, maravilhoso, diga-se, na Ilha do Mel, porque, palavras dela, “não oferecia condições de segurança aos estudantes”. E Madselva, como gestora do Colégio Estadual do Paraná, está oferecendo segurança aos menores que lá estudam?

Hannah Arendt, importante filósofa do século XX, fala da responsabilidade que o educador tem perante os estudantes. Ele é o responsável pela introdução das crianças no mundo adulto. O educador entendido num sentido geral, no caso, os adultos responsáveis pela educação daqueles menores do Colégio Estadual do Paraná. Entenda-se, portanto, professores, funcionários, pais, Secretaria da Educação, Governo do Estado, MEC, a MÍDIA, e assim por diante… Todos são responsáveis pelo episódio, direta ou indiretamente. Se o mundo está decadente ao ponto de acontecerem coisas como esta, todos somos responsáveis. Para Arendt, “qualquer pessoa que se recuse a assumir a responsabilidade coletiva pelo mundo não deveria ter crianças, e é preciso proibi-la de tomar parte em sua educação”.

Mas a questão é se isso poderia ter sido evitado? Sim, poderia… Os caminhos pedagógicos escolhidos pela atual gestora do Colégio Estadual do Paraná foram responsáveis por isso. Pela vontade da comunidade, não deveria haver Ensino Fundamental no CEP. Foi Madselva, a mando de Maurício Requião, quem determinou isso, com o aval do Conselho Escolar, instância deliberativa máxima dentro de qualquer escola pública. Estes deveriam se envergonhar por deliberar pela aprovação do Ensino Fundamental, sabendo que havia uma comunidade inteira contrária a esta proposta. Quando em assembléia, no ano de 2004, deliberamos pela não implantação do EF no CEP, apresentamos argumentos fortíssimos neste sentido, entre eles a possibilidade de acontecer exatamente o que aconteceu. Tenho certeza que eles não pensam assim. Afinal, é mais fácil culpar os menores…

Fui processado em 2007 por discordar da atual diretora. Hoje moro na Bahia e trabalho como professor de filosofia em regime de dedicação exclusiva no Instituto Federal da Bahia, em Salvador. Estou muito distante, geograficamente, de Curitiba e do Colégio Estadual do Paraná. No entanto, quando esta notícia, que se tornou nacional, chegou até mim, nunca me senti tão próximo. Minha vida agora é aqui, mas tenho uma história no CEP onde fui professor de filosofia por praticamente 10 anos. Desisti do CEP assim como muitos outros que, processados ou não, se desiludiram com os rumos que a escola tomou.

Clamávamos por uma democracia que nos foi negada pelo aparato do Estado. Fomos sufocados, não tivemos forças para continuar a luta naquele campo de batalha. Mas não abandonei a luta. Acredito e sempre vou acreditar na democracia, apesar dos Requiões e seus vassalos. Espero que este episódio abra, definitivamente, os olhos da comunidade curitibana sobre o que se passa na mais tradicional instituição de ensino do Estado do Paraná. Boa sorte aqueles que permanecem no CEP e ainda não desistiram. Democracia já!

Tatiana Freiberger Neiva Terça-feira, 27 de Outubro de 2009 – 21:52 hs
Pois é cadê a política estudantil cobrando escolas de qualidade para todos no Brasil?
Os alunos do CEP deveriam brigar não apenas por seu colégio. Não esqueçam que estão numa região privilegiada e numa escola que ainda seleciona seus alunos! Ou seja uma escola para alguns e não para todos! Vejo o movimento estudantil pedindo passe escolar e enquanto isso nas escolas da periferia de Curitiba (onde estuda a maioia dos alunos de nossa capital, que moram perto das escolas e não usam ônibus para ir ao colégio) e por todo o Brasil muitos alunos não tem condições mínimas nas suas casas, nos bairros e nas escolas. Vemos todos os dias escolas que não tem nem carteiras ou teto para seus alunos. O CEP possui excelentes instalações e condições de atendimento a sua comunidade escolar, não são perfeitas mas são muito melhores do que a das outras instituições. Afinal, fazer luta de classes e buscar a libertação é também entender as contradições que permeiam o concreto. Convido o estudante para conhecer as escolas da região metropolitana e dos bairros da periferia de Curitiba. Não precisa ir muito longe do CEP para encontrar estudantes, professores, diretores, pedagogos, funcionários e pais de alunos enfrentando dia a dia as dificuldades muito maiores que as do CEP. Vamos olhar para além dos muros da escola. A sociedade precisa entrar nas escolas em que está matriculando os seus filhos e começar a cobrar de seus govenantes (em quem votaram) a aplicação dos impostos pagos com o suor da classe trabalhadora. Não basta apenas tradição pois todas as escolas possuem grande valor na sua comunidade, na história do Estado do Paraná e da nossa nação. Vejo o CEP tendo qualquer situação (graves e outras nem tanto) sendo muito valorizadas como se só no CEP acontecessem e só no CEP não pudessem acontecer. Como fica o resto das escolas públicas do nosso Brasil? Está na hora da comunidade escolar vir para dentro das escolas. Não basta apenas comparecer para fazer a matricula dos alunos. A Comunidade Escolar deve atender as convocações feitas pelas escolas e começar a participar das decisões que estão interferindo diretamente na educação dos seus filhos. Por que não vemos a ausência dos Pais nas escolas ser cobrada pelos meios de comunicação e pela sociedade?
Talvez assim os professores e alunos … enfim todos comecem a ficar mais motivados dentro das escolas.
A mais uma coisa…este discurso de que todos os professores estão desmotivados…não me incluo nele. Sou professora da rede pública estadual e tenho muito orgulho de ter dedicado toda a minha formação acadêmica para hoje estar atuando numa escola pública. Pretendo continuar assim por toda a minha vida profissional.

Thianny Quarta-feira, 28 de Outubro de 2009 – 13:32 hs
Tatiane, parabéns pela sua coragem e idealismo. Concordo totalmente com você. Mas pense historicamente se o CEP é sempre destaque , também é a escola mais cobrada e visada pela midia e pela sociedade. Todas as escolas devem receber verbas e condições dignas para professores e alunos, mas para isso não precisa sucatear o que funcionava muito bem. Veja a atual secretaria de educação que aparece rindo na escolinha do desrespeito do governador não fez nada para coibir os abusos da madselva no CEP. Madselva acabou com as coordenações de áreas , com os projetos, etc, etc. Como mãe de ex-aluno do CEP penso que o que a escola tinha de bom deveria ser mantido e estendido para todas as outras escolas. Tb sou professora da escola pública e particular a quando trabalhei no CEP me sentia muito mais responsável em garantir consciência critica aos alunos que ali estão para que ajudassem a fazer mudanças para todas as outras. Parabéns Prof Wanderlei, mesmo tendo deixado o CEP e o PR sua consci~encia e compromisso permanecem.

Tatiana Quinta-feira, 29 de Outubro de 2009 – 20:17 hs
Thianny,
Concordo que o que era bom no CEP deveria ser mantido e ampliado para as outras escolas…mas a questão é que focamos um único Colégio e esquecemos dos mais de 160 colégios/escolas de Curitiba e mais de 300 colégios/escolas da área metropolitana…e o Paraná tem mais de 2000 colégios/escolas. Então está na hora de debatermos a qualidade da escola pública e não apenas do Colégio Estadual do Paraná. Os professores devem ter a responsabilidade com seus alunos independente da escola em que atuam. Afinal é a sua profissão.
Mas os fatos que vem ocorrendo no CEP deveriam servir para ampliar o debate sobre a educação e não para continuar uma história em que apenas um Colégio é visto como modelo e os outros continuam sendo “os outros”…negligenciados por uma cultura de que apenas o CEP forma alunos críticos e capacitados. Com processo seletivo EXCLUDENTE.

Thianny Sexta-feira, 30 de Outubro de 2009 – 23:55 hs
Tatiana, novamente venho que concordar totalmente com você e seria muito bom que professores de outras escolas fizessem como vc e entrassem neste debate!


Junior Terça-feira, 3 de Novembro de 2009 – 21:47 hs
Bom eu acho que somente quem esta la dentro
sabe do que acontece… ir somente por “ai eu ouvi falar” não
leva a ninguém a lugar algum.
Não se pode julgar generalizando todos os alunos
procurem fundamentar suas opiniões!

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